Você sabe o que é cardiomiopatia diabética?

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Que o Diabetes é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares como infarto e acidente vascular cerebral muita gente já sabe, mas você sabia que o Diabetes descompensado pode causar doença no músculo cardíaco?

Isso mesmo, essa doença é chamada de Cardiomiopatia diabética.

A associação entre diabetes mellitus e insuficiência cardíaca tem sido um tema frequente nos últimos anos, sendo cada vez mais reconhecida a importância da cardiomiopatia diabética, condição que a longo prazo pode levar a insuficiência cardíaca (quando o coração não bombeia o sangue de maneira adequada).

A disglicemia exerce um papel importante no desenvolvimento das anormalidades cardíacas, independente da presença de outros fatores como hipertensão arterial ou doenças das valvas cardíacas.

E por que isso ocorre?

Acredita-se que a miocardiopatia diabética seja decorrente de anormalidades metabólicas como hiperlipemia, hiperinsulinemia e hiperglicemia. Essas, podem causar hipertrofia, necrose e apoptose do tecido miocárdico.

Dados sugerem que o hiperinsulinismo crônico está associado a hipertrofia cardíaca, e esta pode iniciar-se muito precocemente no Diabetes Mellitus tipo 2.

Além disso, a hiperglicemia, aumenta estresse oxidativo podendo causar danos celulares no músculo cardíaco.

E quais os sintomas da cardiomiopatia diabética?

No estágio inicial geralmente não existem sintomas e por conta disso, o diagnóstico é difícil. Quando surgem os sinais e sintomas, esses são os mesmos que os de outras cardiopatias, por isso, na suspeita da cardiomiopatia diabética seu médico deve excluir outras causas do comprometimento miocárdico.

Os principais achados são:

  • Falta de ar;
  • Inchaço nas pernas;
  • Cansaço frequente.

Qual exame deve ser feito?

Ecocardiograma é o exame mais indicado pois avaliará a estrutura e funcionamento do coração.

Existe tratamento?

O primeiro ponto é o controle do diabetes, controlar o peso e realizar atividades físicas regulares.
O tratamento medicamentoso não difere muito do tratamento de outras miocardiopatias (betabloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina, bloqueadores do receptor de angiotensina 2) e mais recentemente os inibidores Sglt2.

Referência:

Okoshi O, Guimarães J, Muzio B, Fernandes A, OKoshi M.
Diabetic cardiomyopathy. Brazilian Archives of endocrinology and metabolism 51(2), mar 2007

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Dra. Carina forner
Endocrinologia - CRM 151510 | RQE 68256

Formada pela Universidade de Pouso Alegre (MG). Fez residência em Clinica Medica no Centro Médico de Campinas entre 2012 e 2014. Em 2015 ingressou na residência de Endocrinologia e Metabologia na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Atua em um Instituto de pesquisa com estudos clínicos.

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